segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O peso da coroa

Sempre no pódio
Sempre idolatrada
A princesa...
... é uma piada

Não é real
Nem se sente amada
Age natural
Mas sempre acaba idealizada

Tanto poder
A quem não sabe nada
Acaba fazendo-a
Ficar parada

Sofre, chora
E vive frustrada
Mergulhada em corpos
Ainda sente-se exilada

No final,
Vai embora arrasada
Escolhe o adeus
Por mais que esteja contrariada

Deixa para trás o que adora
Pelo medo do que não demora
A maldição chegou na hora
E a realeza mais parece prisão agora

domingo, 25 de novembro de 2012

Jarros parnasianos

As pessoas exigem dos outros o amor que não dão a si mesmas. A sociedade cada vez mais não permite que percebamos que somos suficientes. Temos que sempre sentir esse incômodo e vazio existencial para que seja suprido de forma capitalista e produtiva para a sociedade. Assim, exige-se do outro o que não se obtém de si mesmo.
E assim seguimos, com posses mas vazios. Como um jarro parnasianamente enfeitado que dentro não envolve nada além de vento frio e partículas do que um dia poderia até se tornar uma coisa maior... mas não será.